terça-feira, 26 de junho de 2012

sombuque 34, quem vai pagar por isso?, aníbal, 1991


um pouco de história

na capa deste álbum musical de 1991,o desenho mostra a cidade de bagdá sendo covardemente bombardeada pelos estadunidenses na época do bush – pai, é um álbum temático onde focalizo a guerra do golfo em 1991, sendo assim, acredito que a destruição das torres gêmeas no 11 de setembro tem a ver com uma retaliação porque foi na gestão do bush – filho ocorrida dez anos depois, tanto assim que os estados unidos invadiram novamente o iraque e, desta vez, não deixaram pedra sobre pedra e para completar a chacina enforcaram o próprio saddam hussein e depois, no governo de obama, conseguiram matar também o osama.
para retratar a invasão estadunidense de 1991, eu fiz as seguintes músicas,

310 – israel [anibal werneck de freitas]
311 – bagdá [anibal werneck de freitas]
312 – mulheres do iraque [anibal werneck de freitas]
313 – campo de mina [anibal werneck de freitas]
314 – show bélico [anibal werneck de freitas]
315 – carta à saddam [anibal werneck de freitas]
316 – e me esqueço do golfo pérsico [anibal werneck de freitas]
317 – quem vai pagar por isso? [anibal werneck de freitas]  


carta a saddam (anibal werneck de freitas) o poder anda de quatro, / e como dono do mundo / dita as suas ordens. / ‘tem que ser do meu jeito, / doa a quem doer / e muito bem - feito!’ / quantos morreram em seu nome. / quantos morreram em seu nome. / valeu, valeu a pena? / acredito que não! / mas ainda, mas ainda sofreram / aqueles que o combateram. / para poder é preciso querer, / mas como vou ter poder / se nem, se nem, se nem  ao menos / me deixam querer.

terça-feira, 19 de junho de 2012

sombuque 33, comunhão, aníbal, 1991

na capa deste álbum musical nº 33 de 1991, um cálice com uma hóstia imitando o globo terrestre mostra que na ocasião eu estava ainda imbuído com a religião, digo isso porque hoje sou ateu, no entanto o título comunhão que antes tinha uma conotação mais religiosa, hoje continua a ter o mesmo sentido, digamos até maior, ou seja, uma comunhão entre todos os homens do planeta independente de suas crenças.
nesta coleção destacam-se também as seguintes composições, minas minai e vítima, cuja letra do parceiro armindo torres se originou de um atropelamento que ele presenciou em juiz de fora.
as demais composições são, procurando lydia, pena vermelha, franqueza, areia, folia e lambada.
dentre elas, escolhi o vídeo de vítima [aníbal werneck – armindo torres] para ilustrar esta postagem.



VÍTIMA (Anibal Werneck & Armindo Torres) Moça-menina do supermercado / Não atravesse a rua / Como fazem os poderosos / Que atropelam famílias / E espalham miséria. / Não, moça-menina / Você trabalha no super / Mas não faz parte do mercado. / Não, moça-menina / Você trabalha no super / Mas não faz parte do mercado. / Agora você está na terra / Para que na Terra / Os poderosos e os atravessadores / Continuem tripudiando sobre os cadáveres / De pobres meninas indefesas.

músicas desta coleção,

301 – procurando lydia
302 – minas minai...
303 – pena vermelha
304 – vítima
305 – comunhão
306 – franqueza
307 – areia
308 – folia
309 – lambada

anibal werneck de freitas.

domingo, 10 de junho de 2012

sombuque 32, trilhos tortos, anibal, 1990 / trilhos tortos


1990, na capa deste álbum musical nº 32, uma máquina vaporenta vindo em sua direção, trilhos tortos é a música carro-chefe, é uma composição musical retratando a vida do maquinista nas mãos dos donos da ferrovia.
segundo o meu pai antonio hygino, que trabalhou na época em que os ingleses eram donos da estrada de ferro leopoldina [the leopoldina railway], o maquinista não valia nada em relação ao trem de ferro, que custava muito dinheiro e, quanto ao maquinista, era só colocar outro no seu lugar.
as demais composições desta coleção são referentes à contemplação anímica latino-americana, tirando ‘catadeiras de café’ que é um protesto contra o racismo.

as composições são,

294 – trilhos tortos [aníbal werneck de freitas]
295 – catadeiras negras [aníbal werneck de freitas]
296 – doce paixão [aníbal werneck & celso lourenço]
297 – pé de moleque [aníbal werneck & celso lourenço]
298 – o sal da idade [aníbal werneck & celso lourenço]
299 – sou latino americano [aníbal werneck & celso lourenço]
300 – é por isso que eu digo, [aníbal werneck de freitas]





trilhos tortos (anibal werneck de freitas) uma verdade vem de lá do barracão, / dos trilhos velhos que permeiam a solidão. / esta verdade é o sino forte que bateu / no coração do maquinista que morreu. / o maquinista de boné e de emoção, / levava o trem e suas famílias na mão. / num momento da curva se esqueceu, / felicidade descarrilhou dentro do seu eu. / meio às ferragens e à densa escuridão / o maquinista viu a dor e assombração. / um dinossauro de ferro o trem ergueu, / já era tarde, o maquinista morreu. / dormentes, trilhos tortos, confusão. / e os ingleses, donos da situação: / "trem de ferro é muito longe pra buscar / e o maquinista é muito fácil de encontrar". / dormentes, trilhos tortos confusão. / e os ingleses, máquina, preocupação: / "trem de ferro é muito caro pra comprar / e o maquinista bota outro no lugar". / meio às ferragens e à densa escuridão / o maquinista viu a dor e assombração. / um dinossauro de ferro o trem ergueu, / já era tarde, o maquinista morreu. / morreu, morreu, morreu!