Perto da
terra onde nasci, Recreio/MG, tem um lugar chamado Conceição da Boa Vista, foi
mais importante no passado. sua igreja é histórica e antigamente, a Semana
Santa era muito cobiçada pela vizinhança. As festas promovidas pela Igreja
Católica traziam um bom dinheiro, o lugar tinha até jornal, O Lidador, mas devido a proibição da
ferrovia por parte dos fazendeiros, Conceição parou no tempo, no entanto ainda
continua sendo contada e cantada pelo seu encanto natural e misterioso.
Meu pai
Antônio Hygino viveu a infância neste lugar, sua mãe, Ana Hygino tinha uma
chácará do lado direito da estrada que dá para Barreiros ou Pirapetinga, perto
de uma capelinha que até hoje se encontra na pracinha. Nela, minha vó criava
porco, galinha e tinha uma colmeia. Pois é, a vida é tão curta que quase não me lembro
do tempo em que a conheci, nesta hora chego a pensar que esta vida não é a
definitiva, tudo é muito passageiro, parece uma maneira de pagar por algo mais
duradouro, tudo termina sempre na lembrança.
minha
conceição (anibal
werneck / celso lourenço – anibal werneck) minha conceição que fala de
quintais, / de terra molhada, de roupas nos varais. / minha conceição, cuja
simplicidade / guarda em mim eternidade. / minha conceição que fala do passado,
/ de fotos desbotadas, vestígios de saudades. / minha conceição lá da pedra
bonita / exala o perfume da boa vista. / minha conceição das casas de sapé, /
da broa de milho, do aroma do café. / minha conceição das coisas amenas / minha
conceição das coisas pequenas.
anibal –
voz e violão.
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