terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SALVO PELO KARAOKÊ

SALVO PELO KARAOKÊ
Por motivos justificáveis que não quero mencionar aqui, fiquei impedido de tocar violão e muito menos teclado. Não se trata de coisa muito grave. Pois bem, sendo assim, só sobrou a minha voz.
Como a música não pode parar e em respeito às pessoas que gostam de mim, resolvi partir para o Karaokê, uma criação do cantor japonês, Daisuke Inoue, que nos anos 70 bolou uma máquina que tocava uma versão dos seus sucessos sem a voz. Daí, era só acompanhar ao microfone. Sendo assim, a coisa virou moda e hoje tem até em celulares, no Japão.
A palavra Karaokê significa, Orquestra Vazia, e põe vazia nisso, ou seja, você ouve a orquestra, mas não vê um músico sequer no palco. Todavia, nem por isso perde o valor, pelo contrário, exige do cantor mais habilidade ainda. E depois, de que adianta os músicos no palco, se não estão tocando. No karaokê, também conhecido por play-back, pelo menos você está ouvindo eles [os músicos] tocando maravilhosamente seus instrumentos musicais.
Infelizmente, o karaokê trouxe o desemprego pra eles, é a máquina substituindo o homem, o que fazer?
Realmente, o cantor com os músicos no palco tem muito mais calor humano, embora no Karaokê tenha um pouquinho, ou seja, o do crooner.
Muito bem, seja lá o que for, no meu caso, decidi pelo karaokê e estou me sentindo muito bem, até porque, sempre me considerei mais cantor que instrumentista. E só agora percebi que estive a vida inteira na contramão, em se tratando de música.
anibal werneck de freitas.

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