sexta-feira, 1 de abril de 2011

DA JANELA


DA JANELA (Anibal Werneck & Armindo Torres) Fragmentos de pessoas... / Não me falam de uma paz... / Manchas de óleo no asfalto... / Sentimento tão fugaz... /Não encontro o interior / Que sistema vou seguir? / Os mendigos na calçada / Dão desejo de fugir. /  Olhando um tristonho amanhecer / Dores não conservam um segredo / Na minha vontade de viver / Cores ao reservas do meu medo. / Minha meta, meu escudo: / Tomo o tempo num abraço / Vivo a vida num minuto / Pés no chão, sonho no espaço. / Não me perco em som que se desfaz / Pesquisando um som inaudível. / Eu, olhos descalços de ilusões / Procurando ver o invisível. 

CD, NÓS / TREM NOTURNO, 1996, voz, violão e teclado, Anibal W. de Freitas.

Da janela, o mundo parece estar numa tela, dela, descortinamos a realidade do mundo, ela nos leva a refletir, porque nos proporciona uma posição cômoda, até mesmo contemplativa, levando a gente ao devaneio, mas sempre despertado pelo barulho da rua, apontando a realidade do mundo. Da janela, procuramos tudo, até o que não existe, pois o espírito humano é feito de infinitos infinitos, já dizia o filósofo brasileiro Raimundo Farias de Brito, no século XIX.

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