meu amigo, jairo machado,
sou obrigado a concordar
ao dizer que estou certo
pra lua, acordes dedilhar.
como uma linda mulher,
sempre olho assim a lua
e, como se não bastasse,
gosto mais de vê-la nua.
e digo mais ainda, amigo,
a lua é mesmo uma mulher,
um lado deixa a gente ver,
o outro esconde o que quer.
isso está na alma dela,
mas não lhe tiro a razão,
é uma defesa feminina
pra assustar todo machão.
nas noites de lua cheia
eu a vejo nua por inteira,
maravilha, como é bonita
e que imagem alvissareira.
meu companheiro, jairo,
da lua eu não me canso,
com acordes nos versos
a ela dedico o meu canto.
por isso, meu caro jairo,
com voz e violão, na rua,
nas serestas em recreio,
eu sempre cantei a lua.
hoje, em juiz de fora,
só a vejo pela janela,
deste modo com a viola,
ergo minha voz até ela.
anibal.
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