TERRA MÃE (Anibal Werneck de Freitas) Barquinhos de papel nas poças de chuva flutuavam. / Biloscas e esferas nas búlicas rolavam e caiam. / Cavalos de cabo de vassoura pelos morros cavalgavam. / Carrinhos de tijolo nas estradas nos montes de areia corriam. / Sábados, domingos, gibis, Zorro, cinema passavam. / Papagaios de manivela o céu azul cortavam. / Peões e carrapetas pelo chão rodopiavam. / Bolas nos campinhos as peladas animavam. / E meus sonhos de menino nestas coisas / Uma resposta pro futuro buscavam. / E meus sonhos de menino nestas coisas / Uma resposta pro futuro buscavam.
Gravação, 1986.
Registro 50322, Livro 15, UFRJ, 26/04/1989.
A gente quando é criança tem sempre a morte à distância, é algo que não nos diz praticamente nada, coisa pra depois, o tempo parece estagnado, a sensação de que tem muito tempo pela frente é constante, enfim, o momento mais feliz do ser humano, a melhor idade, dedicada especialmente às brincadeiras, é isso aí.
A gente quando é criança tem sempre a morte à distância, é algo que não nos diz praticamente nada, coisa pra depois, o tempo parece estagnado, a sensação de que tem muito tempo pela frente é constante, enfim, o momento mais feliz do ser humano, a melhor idade, dedicada especialmente às brincadeiras, é isso aí.
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