HÁ SEMPRE ALGUMA COISA (Anibal Werneck - Armindo Torres) Há no azul do céu / De promessa e de mistério / Um eterno véu. / Aqui na Terra sempre fico / Procurando explicação / Pros problemas do espaço / Vou formando opinião. / Há no azul do céu / De promessa e de mistério / Um eterno véu. / Frente a frente a pergunta: / Meu amigo o que é a vida? / Um momento, por favor, / Vou tentando uma saída. / Há no azul do céu / De promessa e de mistério / Um eterno véu. / Numa busca incessante, / Pesquisando ativamente. / Pensamento no futuro / Me entrego inteiramente. / Há no azul do céu / De promessa e de mistério / Um eterno véu. / “E o nada o que é que é?” / Raciocino qual raposa, / Nada mesmo não existe / Pois há sempre alguma coisa. / Há no azul do céu / De promessa e de mistério / Um eterno véu.
O nada não existe, ou seja, sempre existe alguma coisa, alguma coisa que evolui e se transforma no mundo em que vivemos, até porque é inadmissível o nada existir, é uma situação contraditória, é o mesmo que se eu dissesse ser possível fazer um círculo quadrado. Mas o religioso chega e diz, Deus fez o mundo do nada e você tem que acreditar nisso através da fé. Respeito quem acredita assim, no entanto, neste caso, eu pergunto se é certo omitir a razão, que é uma coisa coerente com a verdade, algo útil ao meu ser no meu dia a dia e necessário para a minha sobrevivência para acreditar em coisas que agridem o nosso bom senso. Fé pra mim é uma maneira que as religiões encontraram pra justificar a credibilidade das fantasias que cada uma prega ao seu bel prazer, cada uma fala uma coisa se esquecendo de que a verdade só tem uma cara. Por isso eu afirmo categoricamente de que o nada não existe porque há sempre alguma coisa.
Voz e Teclado, Anibal Werneck.
CD, NÓS / TREM NOTURNO, 1996.
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