domingo, 2 de janeiro de 2011

O CATIVO



O CATIVO (Dona Mariquinhas Guimarães, 1878) Mulher, mãe e filhos, forçado, deixei. / E a pobre família, não mais avistei. / São livres os brancos, não sofrem rigor; / Mas eu por ser negro, tenho um senhor. / Em simples palhoça eu livre nasci, / Mas preso e vendido, cativo vivi. / O ouro que ganho não me faz ser rico; / Por mais que eu trabalhe eu não fico rico. / Aqui o cativo, cansado parou / E com mãos calosas o pranto enxugou.

Sempre gostei de resgatar músicas do passado, dando a elas uma roupagem nova, sempre valeu a pena, é como se o passado nunca existisse, pois bem, sendo assim, aqui está a gravação de O CATIVO que fiz em 1998, de autor desconhecido, cantada por D. Mariquinhas Guimarães, por volta de 1878, segundo o livro, NOSSOS AVÓS CONTAVAM E CANTAVAM, Ensaios folclóricos e tradições brasileiras, de Angélica de Rezende, um livro que pouca gente conhece, com 206 páginas, ilustrado e, todas as músicas cantadas e tocadas nas fazendas da Zona da Mata mineira até a região aurífera do estado, desde o século XVIII, estão com as suas devidas partituras.

anibalwerneck@gmail.com

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