sábado, 15 de janeiro de 2011

TRAMPO


TRAMPO (Anibal Werneck - Armindo de Castro) Vida bem vivida é nunca saber, saber de fome. / Homem pra ser homem sempre tem que ter, / Que ter um nome. / Duro é custar ganhar um prato de mingau. / E ainda ver seu nome escrito no jornal. / Trampo, construção subindo, tem que ser, / Que ser esperto. / Massa, ombro calejado, de levar, levar concreto. / Filho pra nascer e mulher passando muito mal. / Roubo descoberto na coluna policial. / Cadê o nome! / Cadê o home!

Assim como nas tragédias, é sempre o pobre a maior vítima, aqui o autor da letra (Armindo Torres) fala do pedreiro que constrói casa bonita pra não morar nela, e que na maioria das vezes, quando é notícia, está sempre na página policial, sua condição social o leva a ser suspeito das coisas ruins que acontecem na sociedade, é como se
ele não tivesse nome, é um cidadão marginalizado.

Gravação de 1988,
Voz e Violão, Anibal Werneck de Freitas,
Guitarra, Celso Lourenço.
Registro nº 62.895, livro 18, fls. 58, EM da UFRJ, 20/11/1990

anibalwerneck@gmail.com  

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